• Página inicial
  • Quem somos
  • Colunistas
    • Cristian Derosa
  • Editora
  • Contato
segunda-feira, junho 16, 2025
  • Login
Instituto Estudos Nacionais
  • Início
  • O instituto
  • Cursos
  • Livraria
  • Apoie o Instituto
  • EN Institute
  • Regina Milites
  • Observatório
  • Serviços
  • Petições On-line
Nenhum resultado
Vizualizar Todos os Resultados
  • Início
  • O instituto
  • Cursos
  • Livraria
  • Apoie o Instituto
  • EN Institute
  • Regina Milites
  • Observatório
  • Serviços
  • Petições On-line
Nenhum resultado
Vizualizar Todos os Resultados
Instituto Estudos Nacionais
Nenhum resultado
Vizualizar Todos os Resultados

Kremlin, Igreja Ortodoxa Russa e o Sufismo

A relação do Kremlin com a Igreja Ortodoxa Russa e o sufismo esotérico reflete uma estratégia abrangente de controle cultural e espiritual.

01/01/2025
em Artigos EN
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
CompartilharCompartilharTweetarEnviarEnviar

Enquanto a Igreja Ortodoxa Russa reforça a identidade nacional russa, o sufismo é usado para estabilizar regiões muçulmanas e construir alianças externas. Essa relação ilustra um sofisticado sistema de manipulação cultural e espiritual, usado para reforçar o poder político de Vladimir Putin e consolidar a visão de uma civilização russa distinta, messiânica e resistente às influências do Ocidente. Esse modelo, profundamente entrelaçado com o pensamento eurasianista, é tanto uma expressão de estratégia geopolítica quanto de uma luta por hegemonia ideológica global.

 

Veja mais

Novo e-book traz alerta urgente a católicos distraídos

12/06/2025
FILE  In this file photo taken on Sunday, April  28, 2019, President Vladimir Putin, right, listens to Russian Orthodox Patriarch Kirill, back to a camera, during the Easter service in the Christ the Savior Cathedral in Moscow, Russia. (AP Photo/Alexander Zemlianichenko, File)

As vozes da Rússia entre os católicos: LifeSiteNews e Viganó

11/06/2025

Melhor maneira de servir a Igreja é ser santo, diz Papa Leão XIV

10/06/2025

Olavo de Carvalho, ao enfrentar esses movimentos, mergulhou em uma batalha não apenas contra um aparato de propaganda, mas contra uma máquina que combina religião, esoterismo e política em uma narrativa articulada de poder. Em sua crítica incisiva, Olavo revelou como essas dinâmicas ameaçam os valores ocidentais e a liberdade individual. Sua oposição a essas forças destacou a necessidade de compreender as complexas conexões entre religião, política e ideologia no mundo contemporâneo. Essa batalha, embora intelectual, expôs as profundas contradições e os riscos de um sistema que utiliza o sagrado como arma de poder.

 

Desde a ascensão de Vladimir Putin, a Igreja Ortodoxa Russa tornou-se um pilar da identidade nacional russa. O governo promove a Igreja como guardiã dos valores tradicionais, em contraste com a “decadência moral” do Ocidente. Essa narrativa é essencial para fortalecer o sentimento patriótico e legitimar as políticas autoritárias do Kremlin. A IOR é apresentada como herdeira da tradição cristã bizantina, posicionando a Rússia como protetora do cristianismo global contra inimigos externos e internos, mais especificamente se relacionando ao princípio messiânico da Terceira Roma. Patriarcas e líderes da Igreja reforçam a legitimidade do regime de Putin, proclamando-o como um defensor da fé ortodoxa, o Katechon. Não obstante, a IOR também é usada como uma ferramenta de soft power em países com populações ortodoxas. A Rússia utiliza laços históricos e culturais com países como Sérvia, Grécia e Montenegro para promover uma visão pró-Kremlin, com isso exercendo grande influência nos Balcãs e no Mediterrâneo. Perante outras Igrejas Ortodoxas, a IOR frequentemente desafia a autoridade do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, promovendo a narrativa de que Moscou é o verdadeiro centro da ortodoxia. Embora a IOR tenha uma longa história espiritual, sua relação com o Kremlin a coloca em uma posição instrumentalizada, onde a religião é subordinada aos objetivos políticos. Membros do Clero e comunidades que criticam o governo ou a aliança com o Estado geralmente enfrentam represálias. Em muitos de seus sermões e declarações oficiais da Igreja, ecoam as narrativas do Kremlin, consolidando sua influência sobre a população – não por coincidência o Papa Francisco, muito atacado por “Tradicionalistas” e outras instituições sob influência direta ou indireta da Rússia, admoestou o Patriarca Russo sob a perspectiva de que um líder de tal envergadura não poderia exercer papel de Coroinha do Putin.

 

Paralelamente ao uso da Igreja Ortodoxa Russa, o Kremlin tem explorado o sufismo esotérico como uma ferramenta de controle e influência, especialmente em regiões de maioria muçulmana. O sufismo, com sua ênfase em práticas espirituais e hierarquias internas, é promovido como uma alternativa ao Islã mais politicamente ativo, como o salafismo. Tariqas/Confrarias sufis são cooptadas para reforçar a estabilidade em regiões como Chechênia, Daguestão e Tartaristão. O Kremlin promove líderes sufis que apoiam a narrativa estatal e marginaliza os que desafiam sua autoridade. O sufismo esotérico também é usado como parte de uma estratégia de soft power para construir pontes com países islâmicos – ao apoiar o sufismo, o Kremlin busca projetar uma imagem de cooperação inter-religiosa, atraindo aliados no Oriente Médio e na Ásia Central. Elementos esotéricos do sufismo são incorporados a uma narrativa eurasianista que enfatiza a unidade espiritual entre cristãos ortodoxos, muçulmanos e outras tradições.

 

O pensamento eurasianista, promovido por Alexander Dugin e outros intelectuais próximos ao Kremlin, conecta a Igreja Ortodoxa Russa e o sufismo esotérico em uma visão ideológica ampla. O eurasianismo apresenta a Rússia como uma civilização distinta, que combina elementos religiosos e culturais para resistir ao liberalismo ocidental e ao globalismo. A ortodoxia russa e o sufismo são vistos como partes complementares de uma tradição espiritual eurasiana. Essa visão une diferentes grupos religiosos sob uma bandeira comum de oposição à modernidade secular e ao individualismo. As ideias perenialistas, muitas vezes associadas ao sufismo esotérico, encontram eco no pensamento eurasianista. René Guénon e outros perenialistas influenciaram a visão de Dugin e seus aliados, que usam o esoterismo para justificar uma unidade espiritual entre povos e tradições.

 

O grupo dos perenialistas, ao se debruçar sobre sistemas esotéricos e sincréticos que diluem a centralidade do cristianismo, apresenta perigos significativos, tanto no campo teológico quanto no âmbito de suas ações práticas. A doutrina perenialista, especialmente na forma popularizada por René Guénon, exalta uma suposta “Tradição Primordial” que transcende todas as religiões. Essa visão, além de relativizar a figura de Cristo, também abre espaço para práticas espirituais que se afastam radicalmente dos fundamentos da fé cristã. Não apenas isso: muitos de seus líderes e defensores têm conexões obscuras que frequentemente extrapolam o campo religioso, entrando no domínio da política, da manipulação cultural e, em certos casos, de atividades criminosas.

 

O principal risco do perenialismo é sua negação da exclusividade de Cristo como o único mediador entre Deus e a humanidade. Ao reduzir Jesus Cristo a uma expressão parcial ou simbólica de uma “verdade maior”, essa doutrina desvia as almas da verdade absoluta. Ao colocar todas as religiões em pé de igualdade, o perenialismo promove uma visão de mundo onde a revelação cristã é tratada como apenas mais uma tradição entre muitas. Essa abordagem não apenas relativiza a verdade, mas também enfraquece a autoridade moral e espiritual do cristianismo. O foco do perenialismo em práticas esotéricas e acesso a realidades “superiores” leva a um afastamento da simplicidade do Evangelho e da dependência exclusiva de Deus. Isso reflete uma forma de soberba espiritual que historicamente tem sido associada à rebelião contra a ordem divina.

 

No centro da metafísica guenoniana está o conceito do “Rei do Mundo”, uma figura simbólica que governa a ordem cósmica invisível. Sob um exame crítico, essa ideia se assemelha a uma exaltação de poderes ocultos que se colocam como alternativa à soberania divina. A exaltação de uma autoridade espiritual oculta e ambígua pode ser interpretada como uma tentativa de usurpar o papel de Deus no governo do universo. Isso é particularmente perigoso quando associado a práticas espirituais que evocam forças não alinhadas com a verdade cristã. A figura do “Rei do Mundo”, como descrita por Guénon, ressoa com arquétipos de poderes espirituais rebeldes que, em diversas tradições, representam desafios à ordem divina.

 

A conversão de Guénon ao Islã e sua promoção do sufismo como uma das mais “autênticas” expressões da Tradição Primordial é um dos pontos mais críticos de sua obra. O sufismo, com sua ênfase em práticas místicas e acesso direto ao divino, frequentemente ignora ou minimiza a necessidade de Jesus Cristo como mediador. O Islã, em sua essência, rejeita que Jesus seja Deus. Essa negação é central para compreender os perigos de um sistema que se apropria do Islã esotérico como modelo espiritual. Essa visão prepara o terreno para desvios que podem ser interpretados como alinhados a forças contrárias à verdade cristã. A introdução dessas ideias no Ocidente não apenas confunde os cristãos, mas também enfraquece a resistência espiritual e cultural contra sistemas que rejeitam Cristo como o centro da criação.

 

Além de seu impacto teológico, o movimento perenialista também se associa a questões políticas e, em muitos casos, a práticas duvidosas. René Guénon e seus seguidores frequentemente orbitam círculos de poder e influência que utilizam a espiritualidade como ferramenta de manipulação. O perenialismo foi apropriado por figuras políticas, como Alexander Dugin, que o utilizam para justificar projetos de poder e expansão geopolítica. O esoterismo torna-se, assim, um instrumento para agendas que muitas vezes se colocam em oposição aos valores cristãos. Certos grupos perenialistas possuem vínculos com redes de influência que envolvem corrupção, espionagem e manipulação cultural. Essas atividades são, em essência, uma extensão do espírito de engano que caracteriza o sistema esotérico.

 

Diante desse cenário, é essencial que os cristãos estejam atentos às armadilhas do perenialismo e de seus representantes. A defesa da fé passa pela reafirmação de verdades fundamentais, como a divindade de Cristo e sua exclusividade como caminho para Deus. O compromisso com o Evangelho deve ser inegociável, especialmente em um contexto onde tantas forças trabalham para diluir sua mensagem. É necessário discernir os sistemas que, sob o disfarce de espiritualidade, promovem valores e ideias contrárias à revelação divina.

Autor

  • André Figueiredo
    André Figueiredo

    Ver todos os posts
Compartilhar10036Compartilhar1756Tweet6273EnviarCompartilhar
Post Anterior

Massacre dos Inocentes é aprovado em véspera de Natal

Próximo Post

O que significa o meme do sapo que virou criptomoeda e nome de Elon Musk

Posts Relacionados

FILE  In this file photo taken on Sunday, April  28, 2019, President Vladimir Putin, right, listens to Russian Orthodox Patriarch Kirill, back to a camera, during the Easter service in the Christ the Savior Cathedral in Moscow, Russia. (AP Photo/Alexander Zemlianichenko, File)

As vozes da Rússia entre os católicos: LifeSiteNews e Viganó

11/06/2025

Líder da Al Qaeda ameaça Trump e Musk após guerra em Gaza

10/06/2025

Quem são e quem financia os protestos em Los Angeles

09/06/2025
Próximo Post

O que significa o meme do sapo que virou criptomoeda e nome de Elon Musk

3.7 3 votos
Deixe sua avaliação
Notifique-me
Login
Notificar de
guest
guest
2 Comentários
Mais Antigos
Mais Novos Mais Votados
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários

Redes sociais

Institucional

  • Quem somos
  • Editora
  • Política de privacidade
  • Termos e condições de uso
  • Contato
  • Quem somos
  • Editora
  • Política de privacidade
  • Termos e condições de uso
  • Contato

© 2023 Estudos Nacionais

Bem vindo de volta!

Faça login na sua conta abaixo

Esqueceu a senha?

Recupere sua senha

Por favor, digite seu nome de usuário ou endereço de e-mail para redefinir sua senha.

Login
Nenhum resultado
Vizualizar Todos os Resultados
  • Início
  • O instituto
  • Cursos
  • Livraria
  • Apoie o Instituto
  • EN Institute
  • Regina Milites
  • Observatório
  • Serviços
  • Petições On-line

© 2023 Estudos Nacionais

wpDiscuz