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O falso e o verdadeiro da narrativa da “internacional fascista”

Alimentados pela inaptidão da própria direita nacional e internacional, esquerda avança na agenda da criminalização

24/04/2024
em Artigos
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
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O portal esquerdista ICL Notícias, braço jornalístico do Instituto Conhecimento Liberta (ICL), noticiou nas últimas semanas um “esquema” global nomeado de “Internacional fascista”, espécie de conspiração da extrema-direita mundial. O termo, que já vinha sendo mencionado em jornais da grande mídia após a animosidade entre Elon Musk e Alexandre de Moraes no X, antigo Twitter, visa associar os conservadores com o movimento neofascista capitaneado principalmente pela Rússia.

Fato é que há algum tempo conservadores vêm caindo na narrativa geopolítica russa, o que tem facilitado este tipo de associação. Mais do que isso: as narrativas antiocidentais que seduzem conservadores atualmente vieram precisamente da esquerda e de segmentos islâmicos, aliados à nova plataforma russa da multipolaridade global. Em sentido mais profundo, é o resultado de um movimento político que resgatou do velho consórcio entre fascismo e islamismo, através de obras tradicionalistas como Oriente e Ocidente, de René Guénon, e Contra o Mundo Moderno, de Julius Evola, feito pelo ideólogo russo Aleksandr Dugin. Trata-se de um upgrade dialético do globalismo, que propõe superar a velha distopia da Nova Ordem Mundial após o seu previsto fracasso diante de uma ascensão conservadora que é fruto do cansaço com as narrativas identitárias. Essa nova roupagem, porém, traz de novo um identitarismo, mas com moldura tradicionalista.

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Uma série de erros cometidos pela nascente direita corroboraram para esse processo de infiltração, que infelizmente ainda não tem sido suficientemente estudado fora do âmbito deste site e dos canais do Telegram associados.

Apostas narrativas como a defesa da liberdade de expressão, causa adotada por Elon Musk, reuniu em um só grupo tanto os conservadores quanto toda a fossa de criminosos de internet, entre eles muitos neonazistas e todo o ecossistema neofascista fomentado e financiado pela Rússia, como alertamos recentemente.

No lugar da fracassada e cansativa cultura woke, os multipolaristas oferecem um tradicionalismo indiferentista, pautado pela crença perenialista e gnóstica, que visa valorizar todo tipo de crença que se identifique culturalmente com algum povo ou conceito ideológico de civilização que nascerá das ruínas da sociedade liberal moderna e ocidental.

A teoria da “Internacional fascista”, dessa forma, é uma nova maneira de descrever um fenômeno unindo mentiras em uma reedição do “gabinete do ódio” a algumas verdades facilmente observáveis e bem fundamentadas.

O canal que disseminou essa teoria de maneira esquemática, o ICL Notícias, é parte de uma estrutura que oferece cursos para esquerdistas, sem deixar de fora algum conteúdo espiritualista e new age, com uma constrangedora participação de entidades católicas progressistas entre as dezenas de entidades e ONGs que apoiam a iniciativa. Trata-se evidentemente de uma rede de formação com considerável penetração entre quadros importantes da esquerda. Possivelmente, a rede do ICL deve ter influência permanente entre editores e jornalistas da mídia mainstream, o que nos leva a prever que a narrativa da internacional fascista irá ganhar as manchetes mais cedo ou mais tarde.

A presença de ONGs católicas progressistas também acusa a possível influência na CNBB, sobre a qual devemos recordar um documento recente que mostrava certa preocupação com o crescimento do ativismo católico conservador nas redes sociais.

O que diz a narrativa da “internacional fascista”

No esquema, em parte inventado, mas com fundamentos de verdade, existiria uma extrema-direita que tem como seus ideólogos figuras como Silas Malafaia, Elon Musk, Dugin e Carlos Bolsonaro, sem deixar de inserir no meio o filósofo Olavo de Carvalho. No caso de Carlos Bolsonaro, trata-se do sinal simbólico que vincula a nova teoria à narrativa da oposição a Bolsonaro, o famoso “gabinete do ódio”. Evidentemente, não é difícil inserir Carlos Bolsonaro em qualquer esquema por mais contraditório que seja, já que se notabilizou por postagens ora enigmáticas, ora confusas e ambíguas, típicas de problemas psiquiátricos mal diagnosticados. É claro que não nos interessa aqui quais seriam exatamente estes problemas psicológicos ou cognitivos. Interessa compreender como a esquerda chegou a essa denúncia de uma “internacional fascista” liderada, fundamentalmente, por Olavo de Carvalho, Dugin, Steve Bannon e, é claro, Elon Musk.

O fenômeno é pouco compreendido pela direita, mas vem sendo acompanhado pelo Instituto Estudos Nacionais, que congrega alguns pesquisadores independentes e interessados de longa data no fenômeno cultural do neofascismo. A importância do tema está na constatação de que há uma profunda e permanente entrada de conteúdo revolucionário, gnóstico e culturalmente perverso, na mentalidade conservadora de direita no Brasil e no mundo. Isso dá fundamento a uma parte considerável dessa narrativa.

Guru da teoria

A principal fonte da esquerda para embasar as suas ideias sobre o crescimento do conservadorismo no Brasil e no mundo é o livro Guerra pela Eternidade, de Benjamin Teitelbaum, que praticamente inventou a ideia de que a extrema-direita mundial estaria orientada, essencialmente, por três grandes nomes apenas: Olavo de Carvalho, Aleksandr Dugin e Steve Bannon. Ou seja, trata-se da mesma teoria disseminada pelo ICL notícias e outros sites, repetindo exatamente o conteúdo do livro de Teitelbaum.

Além da diferença abissal entre esses três supostos gurus, há uma profunda falsidade nos argumentos de Teitelbaum que acusa o objetivo de criminalizar pela via da unicidade todo o discurso de crítica às agendas globalistas. No debate entre o brasileiro Olavo de Carvalho e o russo Alexandr Dugin, por exemplo, o primeiro parte da distinção entre o discurso filosófico e o discurso do agente, que vincula às ideias do russo. Essa distinção, sobre a qual Teitelbaum passa batido, resolveria a questão e deixaria ainda mais constrangedora a tese de um papel análogo entre os dois. A coisa ficaria ainda pior quando se acrescentasse o marqueteiro Steve Bannon.

Isso não quer dizer que essa tese do Teitelbaum não conte com credibilidade mesmo dentro da direita. O maqueteiro de Trump tentou, mais de uma vez, reunir Olavo e Dugin numa mesma conjuração contra o globalismo, o que para quem conhece com alguma proximidade o trabalho de Olavo de Carvalho compreende como soa absurdo e nonsense.

Mas a própria sugestão mostra o perigo que corre a direita nas mãos de certos charlatães como Bannon e Dugin. A existência de tal picaretagem já é suficiente para tornar o livro de Teitelbaum verossímil e, visto sob o oportunismo de toda uma classe de conservadores politizados, tem o poder de fazer verdadeiro o que era uma falsidade. Eis a ambiguidade da mentira autorrealizável, conduta tipicamente revolucionária.

A doutrina

Teitelbaum acrescenta ainda que a principal doutrina professada por esses três “gurus” seria o tradicionalismo guenoniano. É fácil perceber como isso tem sido falso, mas os conservadores que se ocuparam exclusivamente da guerra política, fazendo pouco caso das pesquisas sobre os movimentos ideológicos, não se interessaram em apresentar uma resposta bibliográfica suficiente a essa teoria, à época, fictícia. Pelo contrário, alguns até acreditaram nela e criaram outros monstros aprofundando a infiltração de ideias revolucionárias no seio da direita.

Outra parcela até acreditou que esse tradicionalismo guenoniano pudesse oferecer uma resposta ao progressismo do Ocidente. Não é novidade que livros e cursos vêm sendo oferecidos a conservadores aproveitando-se da falta de orientação dos católicos e conservadores para disseminar e popularizar autores como René Guénon.

Decadência intelectual: um fato

Desde a eleição de Jair Bolsonaro, o conservadorismo brasileiro experimentou uma decadência ímpar, fruto do imediatismo e oportunismo que foi amalgamando-se indistintamente às ideias conservadoras. Editoras, sites de notícias, influenciadores e plataformas de formação foram inevitavelmente tragados por essa decadência, fruto da transformação do seu público, cujo principal interesse passou a ser a política partidária com fins em resultados e, em última instância, o autoconhecimento e autoaperfeiçoamento técnico-intelectual. Quem tinha algum conteúdo mais filosófico, passou a oferece cursos que se assemelham às velhas técnicas de auto-ajuda para convencer as pessoas de que elas precisam comprar seu conteúdo.

O jornalismo se tornou uma repetição das agendas de esquerda, como luta pelas liberdades de expressão e direitos individuais de grupos como “cristãos”, famílias homeschoolers, buscando a reedição ou analogia com o discurso identitário. Explorei isso recentemente em um curto texto intitulado “conservadorismo sem causa”, publicado no Telegram.

Desilusão dos mais jovens

As gerações que chegam nesta arena de debates políticos e culturais, alimentados por uma cultura pop cada vez mais incomunicável com a geração anterior, vê na política e na democracia uma imensa perda de tempo. Está neles a grande mistura explosiva entre individualismo extremo, às portas do hedonismo macabro e sádico, com um anseio por autoridade e ordem, flerte com islamismo e hierarquização da sociedade, seja pela forma de teocracia ou regimes militaristas. Essa geração mais jovem, que infelizmente congrega também um sem número de quarentões frustrados, vai crescendo como uma bola de neve.

Os adeptos de Aleksandr Dugin, como o Nova Resistência, crescem facilmente neste meio, colhendo entre seus membros ex-neonazistas, ex-católicos, ex-protestantes, ex-garotos de programa, ex-tudo o que se possa imaginar, mas que anseiam por reeditar seus desejos incontidos, desta vez, na política.

Os conservadores de fato, que deixaram de ser intelectuais e estudar, para serem marqueteiros de políticos, esqueceram de olhara para esse fenômeno e, se o viram, veem como modernidades irrelevantes, fruto de uma “geração nutela”, fazem troça, riem e voltam às suas telas divididas entre seus entretenimentos e a política do dia.

A criminalização fácil

O resultado disso é que a agenda da criminalização da direita conservadora no mundo já conta com uma fundamentação em estágio avançado que dificilmente poderá ser revertida. Recentemente, resgatei partes da história desse conservadorismo na intenção de apontar possíveis caminhos. Mas não tenho dúvidas de que tais sugestões parecerão excessivamente difíceis à grande parte dos conservadores atuais, imersos no mais rasteiro imediatismo político e cultural.

Recentemente, parte dessa direita organizou um evento falando em “trabalho de base”. Isso já demonstra a impossibilidade do retorno que sugeri no artigo. Além do mais, a leitura e reflexão sobre isso lhes parecerá tedioso e inútil, dado o imediatismo de que padecem. A maioria da direita atual acredita piamente que a parte intelectual da sua atuação já foi feita.

Se no mundo inteiro os movimentos de direita já estão praticamente cooptados pela imensa e influente rede de propaganda russa, no Brasil ela foi sendo seduzida por inúmeros processos de desinformação cultural e até espiritual, que tem sido acrescida de uma profunda decadência intelectual. Este é o terreno perfeito para o crescimento de ideias e premissas revolucionárias, que podem aparecer sob diversas formas, inclusive aparentemente conservadora. A grande maioria ainda acredita que fascismo ou neofascismo é um termo usado apenas por esquerdistas e que o fenômeno real, ou não existe, ou é irrelevante o suficiente para ser sepultado mediante a “estratégia” do silêncio: é só não falar que a coisa desaparece. Ledo e caro engano.

 

Autor

  • Cristian Derosa
    Cristian Derosa

    Jornalista e escritor, autor do livro O Sol Negro da Rússia: as raízes ocultistas do eurasianismo, além de outros 5 títulos sobre jornalismo e opinião pública. Editor e fundador do site do Instituto Estudos Nacionais

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