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René Guénon, o profeta da New Age

Embora crítico da espiritualidade anárquica do movimento, Guénon foi o grande iniciador da moda orientalista e se converteu no principal beneficiário dela

24/02/2024
em Artigos
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
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Um dos elementos mais importantes da atual propaganda russa é o guenonismo, através da sua contundente crítica ao Ocidente. Nela, centenas de jovens neurotizados pelos efeitos nocivos da liberação sexual e sentindo-se abandonados pelo clero católico ou mesmo as igrejas protestantes, trilham caminhos cada vez mais radicais em nome do que enxergam como possível resistência. A origem do problema chamado de “degradação do Ocidente” tem raízes longínquas, o que se associa ao orientalismo europeu do período do Renascimento. No entanto, no século XX a moda orientalista foi iniciada justamente por aqueles que hoje se apresentam como solução para os erros do mundo moderno.

René Guénon denunciou os erros da espiritualidade New Age em diversos momentos. No entanto, não é difícil percebermos que atualmente ele se tornou o principal beneficiado por aquela degradação que acusava. Não obstante, ele deu origem a um movimento análogo que hoje está servindo de canto de sereia a conservadores e uma direita inculta que se vale do pouco estudo e de uma espiritualidade subjetivista.

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Para estes, a Rússia oferece uma batalha e um estandarte: a tradição. O perenialismo é uma opção estratégica para a política nacional russa, preocupada com a união de um território tão grande e com as mais diversas crenças religiosas. O indiferentismo tradicional oferece uma aparente oposição ao sincretismo da new age e, ao mesmo tempo, aparenta resistir ao suposto materialismo dos globalistas ocidentais. Este é outro elemento da propaganda russa: associar as seitas new age do globalismo a um tipo de materialismo utilitarista, focando suas energias contra o fantasma do liberalismo, arrancando, assim, a simpatia de católicos tradicionais.

Dugin põe como principal inimigo da humanidade o Ocidente, representado pelo arqui-inimigo soviético, os EUA, que ele encaixa na mitologia ocultista de Helena Blavatsky para relacionar ao atlantismo, suposta decadência espiritual dos povos de Shamballa, herdeiros dos hiperbóreos, nomenclatura trazida ao ocidente por Blavatsky e que o próprio Guénon comungava. Tem sido a partir dessas referências gnósticas e esotéricas que certa direita dita “tradicional” vem alargando sua influência nos meios conservadores antes mais associados ao catolicismo.

Para se opor aos mesmos globalistas que inventaram o termo “islamofobia” e fomentaram com todas as forças a migração forçada de muçulmanos para a Europa, a fim de enfraquecer as tradições ocidentais e cristãs depois da avalanche de ateísmo revolucionário, essa nova direita pensa restaurar as “tradições” exatamente cedendo ao inimigo (que agora vemos não ser tão inimigo assim). É assim que os globalistas vão criando o próprio inimigo à sua maneira, infiltrando-se entre conservadores no mundo e também no Brasil.

Sendo assim, a aposta no islamismo tem sido o caminho visto como único para a tão sonhada “tradição”, já que o próprio René Guénon, francês de origem católica, recomendava a religião de Mohammed como ideal para a satisfação espiritual de ocidentais como ele. Se o professor Olavo de Carvalho alertou para um objetivo mais ou menos confessado de islamização por parte de Guénon, nem seria necessário recorrer a esse alerta quando sabemos das próprias recomendações e opções tomadas pelo escritor francês que foi iniciado numa organização esotérica islâmica aos 20 anos de idade, mas só na metade da vida revelou sua adesão ao islã. 

Foi a partir de Guénon que os ocidentais aprenderam a odiar o Ocidente. Os meios para isso, porém, raramente são questionados como o foram por Olavo de Carvalho, que aponta a imensa falsificação dessa oposição oriente e ocidente, tão popular atualmente nos círculos mais jovens e dos nem tão jovens. Afinal, como comparar duas civilizações?

Seja por ignorância genuína, seja por astúcia, Guénon reduz a civilização do Ocidente a uma mescla de capitalismo, materialismo cientificista e pseudo-religiões populares. Os últimos resíduos de espiritualidade que ele enxerga nela são a Maçonaria decadente e o catolicismo reduzido a uma perspectiva “exotérica”,  já sem contato com as “fontes da Tradição primordial”. Fontes localizadas, é claro, no Oriente, mais especificamente nas regiões da Sibéria Central, da  Malásia e do Tibete percorridas por Ferdinand Ossendowski em 1920 segundo a narrativa de Bêtes, Hommes et Dieux onde o famoso explorador conta ter penetrado no santuário subterrâneo do próprio “Rei do Mundo”. Coincidência ou não, essas regiões são as mesmas onde se concentra a maioria das “Sete Torres do Diabo”, centros irradiado-res, segundo o próprio Guénon, de influência diabólica sobre o planeta inteiro.

O trecho acima é de um livro ainda inédito de Olavo de Carvalho, chamado pelo professor de Marcha dos Abismos. O livro foi quase inteiramente lido em uma série de aulas, de onde se extraiu o presente trecho. Nele, o professor demonstra ainda a colaboração de Guénon no movimento New Age, que apesar disso criticava. Assim como neste livro, no célebre artigo As Garras da Esfinge, Olavo mostra como o movimento da espiritualidade anárquica da new age serviu de isca para esvaziar a verdadeira tradição católica e substituí-las, depois, pela crença perenialista da Tradição Primordial.

Tendo influenciado o orientalismo e o antimodernismo que determinaram parte das ideologias modernas, a entrada das ideias islâmicas tiveram aproveitamento oportuno pelos marxistas.

O fato das revoluções culturais do século XX, conduzidas pelas operações da União Soviética contra países ocidentais darem-se simultaneamente às revoluções árabes não parece uma coincidência ou tampouco algo irrelevante. As revoluções substituíram e se apropriaram das ideias anticoloniais dos séculos anteriores, sendo conduzidas por um processo de assimilação revolucionária. As revoluções árabes, muito populares entre os anos 60 e 70, e de caráter profundamente anticolonial, acabaram sendo reapropriadas pelos ideólogos marxistas do período e integradas nele. O fato de grupos islâmicos e marxistas compartilharem uma frente anti-imperialista em situações em que percebiam ameaças externas comuns, como intervenções ocidentais em países de maioria muçulmana, foi aprofundando esse processo. Essas revoluções islâmicas se ligaram tanto ao nazismo, durante a Segunda Guerra, quanto ao marxismo, como no exemplo da Revolução Iraniana de 1979. Apesar disso, grande parte dos estudos sobre essas ligações não vê semelhanças devido às diferenças culturais e históricas entre ocidente e oriente. Esses estudos, porém, não raro vinculados à esquerda globalista identitária, devem tal miopia à comunhão ideológica com a mesma narrativa calcada no orientalismo romântico, que vê as culturas periféricas do mundo, os BRICS, muito mais como vítimas do Ocidente imperialista. Mas é precisamente dessa seletiva perspectiva que se nutrem os movimentos neofascistas que florescem na periferia terceiromundista dos ditos “ocidentalizados”.

A aposta da União Soviética nos movimentos anticoloniais conduziu o bloco soviético ao apoio das revoluções de libertação nacionais, causa palestina, assim como no paradigma da libertação inserido em diferentes campos do conhecimento, tanto nas academias, através da indireta influência sob a Escola de Frankfurt, quanto na teologia, com as infiltrações no seio da Igreja Católica através da Teologia da libertação, termo que tinha certa fixação no período do governo de Nikita Kruschev, imediatamente após a onda nacionalista da era stalinista.

Dessa forma, o apoio russo às ondas anticoloniais e das revoluções libertadoras obedeceu à mesma regra estratégica dos apoios às lutas identitárias, nas décadas de 60 e 70, assim como dos atuais incentivos aos movimentos nacionalistas da era Putin, ainda sob a mesma égide da luta revolucionária contra a opressão, antes do capitalismo, depois do patriarcado e, atualmente, do globalismo ocidental. Mas na era Putin esse assédio se dá sob uma forma ainda mais sofisticada.

Trata-se de uma forma engenhosa de impor uma nova hierarquia espiritual, possível após sucesso da revolução igualitária que a precedeu. Essa nova hierarquia é o mesmo processo revolucionário iniciado pela gnose igualitária, tendo agora a devida marca da submissão ao poder espiritual de uma nova tradição que visa se elevar, não sobre os escombros do liberalismo globalista ocidental contra o qual diz ser, mas sobre as ruínas da civilização cristã formada pela tradição católica, esta já devidamente esvaziada na fase liberal do processo.

Esse processo revolucionário final transcorre com o apoio ingênuo de grande parte dos conservadores e até católicos, que pensam estar lutando contra um grande inimigo, mas que é e foi apenas uma parte ultrapassada do processo. Em outras palavras, visando cooptar mais almas para um novo estágio revolucionário, os agentes convencem essas almas de estarem lutando contra o inimigo final, quando estão na verdade lutando contra o espantalho da fase revolucionária anterior.

 

Autor

  • Cristian Derosa
    Cristian Derosa

    Jornalista e escritor, autor do livro O Sol Negro da Rússia: as raízes ocultistas do eurasianismo, além de outros 5 títulos sobre jornalismo e opinião pública. Editor e fundador do site do Instituto Estudos Nacionais

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