ACI Digital | O papa Leão XIV pediu hoje (9) aos cerca de 3 mil funcionários da Santa Sé que se esforcem para ser santos.
“Toda a fecundidade da Igreja e da Santa Sé depende da Cruz de Cristo”, disse o papa na missa que celebrou hoje na basílica de São Pedro por ocasião do Jubileu da Santa Sé, evento do Ano Santo 2025. “Caso contrário, é só aparência, se não pior”.
Leão XIV citou o teólogo suíço Hans Urs von Balthasar, que escreveu: “Se ela [a Igreja] é a árvore que cresce a partir da semente de mostarda, essa árvore está por sua vez destinada a dar sementes de mostarda; frutos, portanto, que repetem a forma da cruz, porque se devem a ela”.
O papa disse aos funcionários da Santa Sé que “a melhor maneira de servir a Santa Sé é esforçarmo-nos por ser santos, cada um de nós segundo o seu estado de vida e a tarefa que nos é confiada”.
Assim, o papa deu o exemplo de um padre que “carrega uma cruz pesada por causa de seu ministério, mas todos os dias vai ao escritório e tenta fazer seu trabalho da melhor maneira possível, com amor e fé”. Ele disse que esse padre “participa e contribui para a fecundidade da Igreja”.
Leão XIV também citou como modelo desta santidade um pai ou uma mãe de família “que vive uma situação difícil em casa – um filho preocupado, um pai doente – e, no entanto, faz o seu trabalho com determinação”.
“Aquele homem e aquela mulher são fecundos com a fecundidade de Maria e da Igreja”, disse também o papa.
O Jubileu da Santa Sé, como disse Leão XIV, coincidiu com a memória litúrgica de Nossa Senhora, Mãe da Igreja.
“Essa feliz coincidência é fonte de luz e de inspiração interior do Espírito Santo, que ontem, Pentecostes, foi derramado abundantemente sobre o Povo de Deus”, disse o papa.
Leão XIV refletiu sobre o mistério da Igreja, e consequentemente da Santa Sé, à luz da narração da morte de Jesus feita pelo apóstolo são João Evangelista, o único dos doze apóstolos presentes no Calvário, junto com Nossa Senhora.
Segundo o Evangelho, são João ouviu com os próprios ouvidos as últimas palavras do Mestre: “Mulher, eis o teu filho”, e depois, voltando-se para ele: “Eis a tua mãe” (cf. Jo 19:26).
Para o papa, esse trecho demonstra como a maternidade de Nossa Senhora, através do mistério da Cruz, “deu um salto impensável”.
“A mãe de Jesus tornou-se a nova Eva, porque o Filho a associou à sua morte redentora”, disse Leão XIV, dizendo que o tema da fertilidade está muito presente nessa liturgia.