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Conspiritualidade: a porta aberta da direita cristã para o neofascismo

De inspiração satanista e ocultista, a nova síntese russa seduz conservadores ao "desvelamento das conspirações" mundiais

20/02/2024
em Artigos
Tempo de Leitura: 5 mins de leitura
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André Figueiredo

Toda base ocultista foi importante para transformar o medo numa ferramenta de manipulação de massas. Vamos voltar um pouco para tentar colocar alguns influenciadores que estão bem inseridos na direita mundial (Aleksandr Dugin, David Icke, Alex Jones, Steve Bannon, Michael Flynn, Peter Thiel e Erik Prince), observando suas bases filosófico-espirituais e de onde suas ideias surgiram. O ponto de partida e exemplo típico para compreendermo como a síntese conspiratória associada a espiritualidades alternativas têm atuado para cooptar parte considerável da direita e dos cristãos é o conjunto de teses chamada QAnon.

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Primeiro é necessário compreender que o QAnon é uma ferramenta de guerra psicológica e, como tal, tem dois objetivos principais:

1. Diminuir o inimigo causando o caos interno, mudando o sentimento popular através da propaganda;
2. Preparar o campo de batalha para a guerra cinética (guerra de fato);

O QAnon é resultado do que podemos identificar como “Conspiritualidade”, uma estranha mistura do movimento da Nova Era e das teorias da conspiração. A fusão destas influências aparentemente paradoxais remonta a David Icke, que introduziu nas teorias da conspiração convencionais uma mistura de ideias da Nova Era e teosóficas. Existem outros, mas vou enfatizar apenas alguns, pois o intuito dessa série de textos é informar as redes de relacionamento em que o movimento tradicionalista americano está se amparando, talvez de modo inocente, mas que não deixa de ser extremamente danoso para a Igreja Católica.

QAnon é desinformação, enganando aqueles que suspeitam que o mundo ao seu redor pode não ser o que parece, mas que podem não estar suficientemente informados sobre a verdadeira natureza da conspiração ao ponto de discernir o engano. É uma tentativa deliberada de cultivar uma interpretação errônea da conspiração para criar uma oposição controlada de dissidentes ingênuos que são, em última análise, recrutados para servir inadvertidamente à conspiração.

A razão pela qual isto acontece é que aqueles que estão consternados com a direção que as nossas sociedades tomaram tendem a ficar desesperados por mudanças e demasiado prontos a dar o seu apoio a qualquer pessoa que pareça representar os seus interesses. Eles olham para as palavras de um líder, não para o que ele representa, o que os torna facilmente enganáveis.

Aqueles que estão consternados com a direção que as nossas sociedades tomaram tendem a ficar desesperados por mudanças e demasiado prontos a dar o seu apoio a qualquer pessoa que pareça representar os seus interesses

A tática remonta pelo menos ao Iluminismo e ao fomento das Revoluções Francesa e Americana, ao levar as massas a acreditar que estavam combatendo a “tirania”, representados pela aristocracia e pela Igreja Católica, ou o Rei George III da Inglaterra. A mesma tática foi empregada ao usar a causa do comunismo para canalizar a frustração do povo russo contra o Estado para provocar a Revolução Bolchevique de 1917. Da mesma forma, os nazistas fizeram uso dos notórios “Protocolos dos Sábios de Sião”, que afirmavam que a Revolução Russa era o resultado de uma conspiração judaico-maçônica mundial para assustar os alemães e fazê-los aceitar a ditadura fascista de Hitler, que prometia evitar que o mesmo ocorresse ao seu país.

ALEKSANDR DUGIN E SUA APROXIMAÇÃO COM A DIREITA – BASES HISTÓRICAS E ESPIRITUAIS

Um soldado russo insere o símbolo “Z” num tanque de guerra, ideia correspondente ao símbolo contido na capa de um dos livros de Francis Parker Yockey, um dos autores que influenciaram Aleksandr Dugin. O inimigo é o Ocidente, os EUA ou a Igreja Católica?

Dos anos 60 e 70 em diante, a “Revolução Conservadora”, movimento intelectual germânico revolucionário que se opunha ao liberalismo e ao comunismo, formou uma das bases da política da Terceira Posição (fascismo), vendo os Estados Unidos e o capitalismo liberal como o principal inimigo, e buscando uma aliança com a União Soviética. Este movimento propunha uma aliança e solidariedade com revolucionários comunistas no Terceiro Mundo, incluindo a Ásia e a América Latina, e os opositores árabes de Israel. O seu principal teórico foi FRANCIS PARKER YOCKEY (foto capa) que defendia que fosse feita uma reaproximação da direita fascista com a Rússia comunista, tornando-se a plataforma fundamental da Nouvelle Droite (nova direita).

Ao trabalhar como promotor nos Julgamentos de Nuremberg na década de 1940, Yockey tornou-se simpático à causa defendida pelos réus nazistas. Yockey era considerado “neo-Strasserista”, devido à sua ideia de uma aliança entre a Esquerda e a Direita e trabalhando com comunistas anti-sionistas, da mesma forma como Dugin propõe hoje. A tese multipolar de Dugin não tem nada de novo, portanto.

Ao fundir o anti-semitismo com o antiamericanismo, Yockey identificou os Estados Unidos, e não a Rússia, como o principal inimigo da Europa, invertendo a situação real daquele período em que o comunismo buscava expandir-se pelo continente. Ao contrário, portanto, da maioria dos neofascistas europeus e americanos que defendiam uma aliança com os Estados Unidos contra o comunismo, Yockey passou o resto da sua vida tentando forjar uma aliança entre as forças mundiais do comunismo e a rede internacional da extrema direita (o que só agora parece estar sendo concretizado pelo empreendimento do BRICS). Yockey acreditava que os verdadeiros direitistas deveriam ajudar a propagação do comunismo e dos movimentos anticoloniais do Terceiro Mundo sempre que possível, com o objetivo de enfraquecer ou derrubar os Estados Unidos. A posição pró-Rússia de Yockey apareceu finalmente numa amálgama que se desenvolveu entre a Nouvelle Droite do GRECE (Groupement de recherche et d’études pour la civilisation européenne), o nacionalismo revolucionário e o nacional-comunitarismo do membro do GRECE, Jean-François Thiriart, nome fartamente citado por Dugin em suas publicações.

Thiriart reuniu-se com figuras importantes da Internacional Fascista, incluindo Skorzeny, a quem visitava frequentemente na Espanha. Coube a Skorzeny apresentar Thiriart a Juan Perón, o líder deposto da Argentina, fazendo com que se tornassem grandes amigos. Perón definiu a posição internacional, conhecida como Peronismo, como uma “Terceira Posição”, entre o capitalismo e o comunismo, uma postura que se tornou um precedente do “Movimento dos Não-Alinhados”. O termo “Terceira Posição” foi cunhado na Europa e os seus principais precursores foram o Nacional Bolchevismo (Nazbol) e o Strasserismo. Nas décadas de 60 e 70, Thiriart apelou a um único império europeu, incluindo a União Soviética. Ele apoiou as ideias de Muammar Kadafi, da democracia direta nacionalista, e as estratégias revolucionárias de Fidel Castro – aqui vai ficando mais clara a formação do bloco de alianças e a influência dos canais geopoliticos e grupos Neo-Reacionários, como o Nova Resistência e seu culto ao Getulismo, assim como o alinhamento ao governo brasileiro atual.

Dugin foi o verdadeiro arquiteto da direita alternativa. Seu objetivo faz parte do plano baseado na sua filosofia oculta, remontando ao sonho de reerguimento da Hiperbórea, representando a Rússia e os seus aliados eurasianos, contra a Atlântida, representada pela América e pela OTAN. Dugin, cujo plano é semear o caos sempre que possível para minar a hegemonia ocidental, viu uma oportunidade para explorar a volátil divisão racial da América. Foi assim que Dugin chegou à diversidade de estratégias para diferentes países em Fundamentos da Geopolítica sobre como combater a influência americana ou ganhar aliados, prescrevendo a necessidade dos serviços especiais russos e seus aliados para “provocarem todas as formas de instabilidade e separatismo dentro das fronteiras dos Estados Unidos”.

Como um protegido do aluno de Raymond Abellio, Jean Parvulesco, Dugin também era amigo próximo do operativo Gladio Claudio Mutti, que se juntou à Jovem Europa (inspirada originalmente no movimento Jovem Itália dos líderes maçons Mazzini e Garibaldi) do membro do GRECE, Jean-François Thiriart. Mutti também era amigo próximo de Luc Jouret, que fundou o culto do Templo Solar e também foi nomeado emir no notório Movimento Murabitun, uma organização cripto-maçônica fundada por um escocês convertido ao Islã chamado Ian Dallas, também conhecido como Sheikh Abdalqadir al-Murabit, e fundador do Movimento Mundial Murabitun, um movimento Sufi.

Dugin também trabalha em estreita colaboração com Christian Bouchet, um alto iniciado de Memphis-Misraim, que afirmou ser o chefe da OTO (Ordo Templi Orientis) na França, organização ocultista criada por Theodore Reuss e reformulada por Aleister Crowley. Bouchet foi descrito como “um dos principais promotores do pensamento satânico na França”, tendo escrito um doutorado em antropologia na Universidade Paris Diderot sobre Crowley. Dugin também está associado a Kerry Bolton, fundador da satânica Ordem Negra e distribuidor internacional da Ordem dos Nove Angulos (O9A), com sede na Inglaterra.

Inspirado pelos seus mentores Jean Parvulesco e Raymond Abellio, o plano de Dugin para acelerar o Fim dos Tempos expande as aspirações do artificial Priorado de Sião, do reinado do Grande Monarca de Nostradamus, a serem cumpridas com a “Consagração da Rússia” profetizada no Terceiro Segredo de Fátima. Stephan Chalandon e Philip Coppens detalham o que liga o sinarquismo de Abellio e Parvulesco, os Três Segredos de Fátima e a sua própria visão para o futuro da Rússia, e descrevem-nos como adeptos da Nova Era construindo “uma Era de Aquário”. Coppens é um autor belga que se concentrou em áreas da ciência marginal e história alternativa e conexões entre cultos de OVNIs e a direita. Coppens foi destaque nas revistas Nexus, Atlantis Rising e New Dawn e apareceu em muitos episódios da série Alienígenas do Passado (Ancient Aliens), do History Channel.

Bolton exaltou a prescrição de Dugin para um mundo “multipolar” num artigo para a revista New Dawn, intitulado “Putin, Rússia, & a Ascensão de uma Nova Era”. A New Dawn, que se autodenomina “A revista mais incomum do mundo”, concentra-se em tópicos da Nova Era, medicinas alternativas, extraterrestres e “notícias e opiniões alternativas sobre tendências globais e assuntos mundiais”. A página “Sobre” apresenta o endosso de Philip K. Dick, Jose Argüelles e do próprio Dugin, que descreveu a revista como: “uma das melhores fontes de informações realistas sobre o estado das coisas em nosso mundo à medida que se aproxima de seu fim inevitável e previsto “. Referindo-se à profecia de Nostradamus, Bolton observa que um comentarista da revista New Dawn escreveu: “a ascensão de Putin teve implicações místicas que poderiam impactar o mundo de uma forma memorável: a posse de Putin como primeiro-ministro em 9 de agosto de 1999 ocorreu durante a semana do eclipse solar e o alinhamento planetário da Grande Cruz, ‘um evento astrológico altamente auspicioso… tradicionalmente considerado o fim de uma época’”.

A parte II continua até chegar em Erick Prince, pra depois iniciaremos a terceira parte. Foi necessário fracionar a segunda parte por causa da quantidade de informações sobre os personagens envolvidos.

Abaixo seguem algumas recomendações de leitura para complementar o estudo sobre Aleksandr Dugin:

Dugin e o ocultismo
Dugin e a Terceira Roma
Ligação do movimento Eurasiano com expoentes nazistas/ocultistas e uma parte do plano de Dugin
A marcha para o abismo da direita católica no Brasil

Inspirada no nazismo e satanismo, ideologia de Dugin conquistou o Kremlin

O misticismo nazi de Aleksandr Dugin

A mão esquerda de Dugin

Dugin é controlado por um demônio, garante satanista

“Nos anos 80, Dugin gravou várias músicas sob o pseudônimo Hans Sievers, uma delas se chamava “Astaroth”. A todos os fãs e conhecedores de Dugin, aconselho que ouçam esta música. É o único lugar onde ele não está mentindo, onde ele se abriu como está. Esta é a sua verdadeira história…”

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