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Guerra dos Cristeros: quem foram os católicos que pegaram em armas contra o governo do México

O conflito armado ocorrido no México entre 1926 e 1929 foi motivado pela perseguição religiosa e restrições impostas pelo governo à Igreja Católica

Agência EN por Agência EN
12/03/2023
em História
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A Guerra dos Cristeros, também conhecida como Cristiada, foi um conflito armado que ocorreu no México entre os anos de 1926 e 1929, entre o governo mexicano e os católicos que se opuseram às políticas anticlericais do presidente Plutarco Calles [2].

Calles acreditava que a religião era uma força conservadora que impedia o progresso e a modernização do México. Ele via a Igreja Católica como uma instituição que mantinha a população mexicana ignorante e submissa. Por essa razão, ele promoveu uma série de leis anticlericais que restringiam severamente a prática da religião católica no país. Essas leis incluíam a proibição do culto público, a restrição do número de padres e religiosos e a nacionalização das propriedades da Igreja.

A visão política de Calles era influenciada pelo liberalismo, uma corrente de pensamento que valorizava a liberdade individual, o livre mercado e o estado laico. Ele também se inspirou no positivismo, uma filosofia que enfatizava a importância da ciência e da razão para o progresso social e que via a religião como um obstáculo para a modernização.

O México passou por um período de intensas transformações políticas e sociais durante as primeiras décadas do século XX. Em 1910, a Revolução Mexicana levou à queda do regime autoritário de Porfirio Díaz e ao início de um período de reformas que visavam modernizar o país e promover a igualdade social. Entre as principais medidas adotadas estava a separação entre Estado e Igreja, que resultou na promulgação de leis anticlericais que restringiam a atuação da Igreja Católica no país [1].

No entanto, as políticas anticlericais não foram bem recebidas por todos os mexicanos, especialmente pelos católicos que viam a Igreja como uma parte importante de suas vidas e tradições. Os católicos se opuseram às leis anticlericais e se organizaram para resistir às políticas do governo. Em 1926, o presidente Plutarco Calles intensificou as medidas anticlericais, fechando igrejas e expulsando padres e freiras do país. A partir deste ponto, os católicos iniciaram uma resistência armada contra o governo [2].

O movimento dos Cristeros, liderado por líderes religiosos e camponeses, espalhou-se por diversas regiões do México, com a participação de milhares de pessoas. Os Cristeros foram responsáveis por vários confrontos com as forças do governo, incluindo sabotagens e ataques a prédios públicos [3].

A guerra foi marcada por violência de ambos os lados, com o governo mexicano usando de força excessiva para reprimir a resistência dos Cristeros. Houve massacres, execuções e torturas de ambos os lados. A Igreja Católica, por sua vez, apoiou os Cristeros e condenou as políticas anticlericais do governo, o que levou a uma tensão entre a Igreja e o Estado mexicano [1].

A guerra chegou ao fim em 1929, com um acordo de paz entre os Cristeros e o governo mexicano. O acordo garantiu a liberdade religiosa no país, permitindo que a Igreja Católica pudesse voltar a exercer suas atividades livremente. No entanto, muitos dos líderes dos Cristeros foram presos ou executados, e o conflito deixou um legado de tensão e desconfiança entre a Igreja e o Estado mexicano que durou por décadas [2].

Antecedentes

Os antecedentes da Guerra dos Cristeros podem ser encontrados na história do México do século XIX e início do século XX. Importante recordar que a maioria dos países ex-colônias da Espanha tiveram uma independência marcada por guerras e revoltas de cunho republicano contra a coroa. O legado republicano mesclava as influências políticas intelectuais dos EUA com a ideologia mais radicalizada da Revolução Francesa e do positivismo.

O historiador mexicano Enrique Krauze, em seu livro “Biografía del poder”, argumenta que Calles era influenciado pelas ideias de Karl Marx, especialmente em sua concepção de que a religião é uma forma de opressão que impede a emancipação dos trabalhadores. Krauze aponta que Calles viu a Igreja Católica como um obstáculo para a modernização do México e, portanto, buscou reprimi-la.

Alguns estudiosos também argumentam que a política anticlerical de Calles foi influenciada pelo modelo soviético de Estado laico e ateísmo militante. Em 1926, Calles enviou uma missão diplomática ao governo soviético para estudar seu modelo de educação laica e combate ao clero.

Durante esse período, o país passou por uma série de mudanças políticas, sociais e econômicas que afetaram profundamente a sociedade mexicana. Em 1857, foi promulgada uma nova Constituição que estabeleceu a separação entre Igreja e Estado, limitou o poder da Igreja Católica e restringiu a liberdade religiosa no país.

Ao longo das décadas seguintes, o México foi governado por uma série de líderes políticos que buscavam modernizar o país e promover o progresso econômico e social. Entre esses líderes, destacam-se Porfirio Díaz, que governou o México de 1876 a 1911, e Plutarco Calles, que foi presidente de 1924 a 1928. Ambos os líderes buscaram promover a secularização do Estado e limitar o poder da Igreja Católica no país.

Durante o governo de Plutarco Calles, as políticas anticlericais foram intensificadas, culminando na expulsão de padres e freiras do país, no fechamento de igrejas e na proibição de atividades religiosas. Essas medidas foram consideradas por muitos católicos como uma ameaça à sua liberdade religiosa e à sua identidade cultural. Foi nesse contexto que se iniciou a resistência armada dos Cristeros contra o governo.

O Vaticano manteve uma posição neutra em relação à Guerra dos Cristeros, sem apoiar explicitamente a revolta armada dos católicos mexicanos contra o governo. No entanto, a Santa Sé expressou preocupação com a situação dos católicos no México durante a guerra.

Em 1926, o papa Pio XI emitiu a encíclica “Iniquis Afflictisque”, na qual condenou a perseguição religiosa no México e pediu aos católicos de todo o mundo que orassem pela paz e pela restauração da liberdade religiosa no país. Além disso, o papa enviou uma série de cartas aos bispos mexicanos, expressando solidariedade e encorajamento em meio à perseguição.

Em 1929, após a conclusão da Guerra dos Cristeros, a Santa Sé enviou o cardeal Eugenio Pacelli (futuro papa Pio XII) ao México para negociar um acordo entre o governo mexicano e a Igreja Católica. O resultado foi a assinatura do chamado “Pacto de Letrán”, que restaurou algumas das liberdades religiosas aos católicos mexicanos e encerrou formalmente a Guerra dos Cristeros.

O acordo de paz de 1929 garantiu a liberdade religiosa no país, permitindo que a Igreja Católica pudesse voltar a exercer suas atividades livremente, mas muitos dos líderes dos Cristeros foram presos ou executados após o fim do conflito. Os antecedentes da Guerra dos Cristeros podem ser encontrados na história do México do século XIX e início do século XX, marcada por mudanças políticas, sociais e econômicas que afetaram profundamente a sociedade mexicana e estabeleceram a separação entre Igreja e Estado no país.

Muitos católicos também argumentaram que a violência era necessária para resistir à opressão do governo e proteger suas comunidades contra a perseguição. Eles viam a guerra como uma luta pela defesa da religião e da cultura mexicana contra a ameaça de um governo que estava tentando impor uma ideologia anticlerical e antirreligiosa.

Alguns católicos também invocaram a teoria do “tiranicídio”, que defende a legitimidade do assassinato de um governante que viola as leis divinas e os direitos humanos fundamentais. Eles argumentavam que o presidente mexicano da época, Plutarco Elías Calles, estava violando os direitos dos católicos e, portanto, justificava uma resposta violenta.

A teoria do regicídio e tiranicídio em Santo Tomás de Aquino é baseada na ideia de que o poder dos governantes vem de Deus e é exercido em benefício do bem comum. No entanto, se um governante age de maneira contrária ao bem comum e causa danos irreparáveis ​​à sociedade, então o povo pode ter o direito de depô-lo.

De acordo com Santo Tomás, o poder político é delegado por Deus aos governantes para garantir a ordem e a justiça na sociedade. No entanto, se um governante abusa de seu poder e age de maneira contrária ao bem comum, ele se torna um tirano e perde a legitimidade para governar. Nesse caso, o povo pode depô-lo e substituí-lo por outro governante mais adequado.

Santo Tomás também argumenta que o povo tem o direito de se defender contra a tirania, incluindo o uso da força se necessário. No entanto, ele restringe esse direito ao uso da força necessária para depor o governante tirânico e restaurar a ordem e a justiça na sociedade.

Santo Tomás diferencia a tirania da monarquia e do governo constitucional, que são governos legítimos que buscam o bem comum. Ele argumenta que a tirania é um tipo de governo ilegítimo que viola a lei natural e divina.

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