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Como seria a resposta pandêmica de Elon Musk e tecnocratas do Silicon Valley

24/05/2025
em Artigos EN
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
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Se uma nova pandemia de escala global e impacto similar à da Covid-19 emergisse em um futuro próximo, o que é muito provável, mas desta vez sob a liderança de uma elite tecnocrática encabeçada por figuras como Elon Musk e Peter Thiel, o enfrentamento da crise sanitária tomaria um rumo radicalmente distinto. Talvez a resposta seria mais eficiente do ponto de vista logístico e tecnológico, mas com consequências profundas sobre as noções de liberdade, humanidade e sentido de vida.

Embora Musk tenha tido um papel num tipo de “restauração da liberdade” na internet, a articulação da sua visão de liberdade com suas utopias tecnocráticas não é algo fácil e pacífico, mas bastante paradoxal.

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Musk se apresenta publicamente como um defensor ferrenho da liberdade de expressão e da autonomia individual contra governos centralizadores e corporações globais opressivas. Sua aquisição do Twitter (renomeado X) foi justificada como uma missão para “restaurar a liberdade de expressão no Ocidente”. Ele também é crítico da burocracia estatal, da OMS, da cultura woke e dos monopólios de informação. No entanto, há uma tensão fundamental — quase uma contradição ontológica — entre essa liberdade proclamada e o tipo de sociedade que suas tecnologias e utopias realmente constroem.

O livro Não Seja um Idiota Útil, faz um importante alerta sobre a perspectiva de uma pandemia tecnocrática liderada por figuras como Elon Musk e Peter Thiel:

“Na Cúpula Mundial de Governos em Dubai em 2017, Elon Musk expressou seu apoio a uma renda básica garantida. ‘Desemprego em massa’ será um ‘desafio social massivo’, Musk alertou. Ecoando palavras que seu avô provavelmente proferiu muitas vezes, Musk concluiu: ‘Haverá cada vez menos empregos que um robô não possa fazer melhor. Com a automação virá a abundância.’ […] Um dos termos mais usados na indústria da tecnologia é ‘disrupção’, que significa rompimento de paradigma de um período histórico para um salto qualitativo em matéria de produção e inovação.”

O fato é que Musk herda uma visão tecnocrática segundo a qual a sociedade deve ser reestruturada com base na eficiência técnica e na automação. Ele vê a tecnologia como resposta a problemas sociais e econômicos profundos — como o desemprego em massa — e propõe soluções que dependem da centralização técnica de decisões, como a renda básica universal.

A passagem também ilustra como esse tipo de pensamento não busca abolir o controle, mas aperfeiçoá-lo tecnicamente, apresentando-o como libertador. A mesma lógica poderia ser aplicada à gestão de uma pandemia: algoritmos e engenheiros substituindo médicos, pastores, padres e políticos — e a liberdade sendo reconfigurada como otimização de dados.

Como já mencionamos neste site, tanto Musk quanto Thiel representam, cada um a seu modo, correntes distintas da utopia tecnocrática moderna. Musk — herdeiro de uma linhagem ideológica que remonta ao avô Joshua Haldeman, líder da Technocracy Incorporated no Canadá — carrega em sua visão a crença de que a sociedade deve ser governada por engenheiros e cientistas, não por políticos ou líderes religiosos. O governo atual de Donald Trump parece estar profundamente influenciado por parte dessa agenda. Mas há outras.

Entre elas, há o ponto de vista de Thiel, financiador da campanha de Trump e influenciado pelo libertarianismo cibernético, por pensadores como René Girard e pelas críticas à democracia liberal, acredita em um futuro gerido por uma elite intelectual, rica e tecnologicamente armada, capaz de transcender as limitações biológicas e sociais atuais. Ambos compartilham uma fé quase religiosa na inovação, nos algoritmos e na engenharia como instrumentos supremos de ordem e progresso. Esta perspectiva se aproxima àquilo que Eric Voegelin chamou de gnose e Eric Felinto, no livro A religião das máquinas, relacionou às utopias representadas por obras como Matrix, ligadas à gnose tecnológica pós-moderna.

Thiel, mais cético e filosófico que Musk, fala frequentemente em liberdade como exceção heroica: a capacidade de indivíduos superiores de se libertarem das massas e criarem novos mundos. Ele apoia zonas autônomas, cidades flutuantes e quebras radicais da ordem democrática, não por tirania, mas para escapar do que vê como um sistema decadente, autofágico e igualitarista.

Sob o comando desses tecnocratas, uma pandemia futura seria tratada menos como um fenômeno biológico e mais como um problema de código, infraestrutura e controle de dados. O vírus seria visto como um “bug do sistema planetário” a ser contido com protocolos de segurança semelhantes aos usados em falhas de rede em larga escala. A resposta sanitária seria quase militar, automatizada, impessoal — e hipereficiente.

A primeira medida seria a implementação global de sensores biométricos conectados a plataformas de IA. Dispositivos como o Neuralink, implante cerebral de Musk, poderiam ser oferecidos como “upgrades” de proteção, permitindo monitoramento em tempo real de sinais vitais e detecção precoce de infecções. O cidadão ideal não seria mais o saudável, mas o transparente — aquele que entrega todos os seus dados fisiológicos, genéticos e comportamentais para que algoritmos determinem sua conduta ideal.

O isolamento físico, tão debatido na Covid-19, seria substituído por uma engenharia social de realidade aumentada. Musk poderia propor o uso de tecnologias de telepresença para manter o funcionamento da economia — com avatares interativos substituindo pessoas em eventos físicos. Ao invés de fechar escolas, implantar-se-ia a educação neural personalizada, baseada em modelos de aprendizado automático em tempo real.

No campo da vacinação, os imunizantes seriam entregues por nanorrobôs autoadministráveis, criados por startups financiadas por Thiel, que veriam nisso uma oportunidade para testar tecnologias de biohacking e edição genética de larga escala. A pandemia se tornaria um campo de provas para a fusão entre biotecnologia e capitalismo radical, com indivíduos sendo incentivados a comprar “atualizações biológicas” para proteção contra variantes do vírus — como quem atualiza um antivírus digital.

No lugar da OMS, uma organização internacional privada, possivelmente chamada Technotecture Alliance, coordenaria as medidas com base em algoritmos de otimização global, talvez hospedada nos servidores da SpaceX ou Palantir. Suas recomendações seriam tratadas como verdades absolutas — não por imposição estatal, mas porque o sistema de pontuação social tecno-empresarial faria com que o cidadão que discordasse fosse automaticamente penalizado com restrições no acesso a serviços, mobilidade, ou até mesmo reprodução biológica assistida.

A liberdade individual não seria retirada à força. Seria trocada por conveniência. A adesão voluntária ao sistema equivaleria a ceder o controle total dos corpos e decisões a uma camada algorítmica de governança que se diz objetiva, neutra, racional. Mas, ao fundo, essa camada seria moldada por visões elitistas e até messiânicas, como a utopia interplanetária de Musk, que considera o ser humano um “problema de engenharia” a ser adaptado para Marte, ou a visão niilista de Thiel sobre o colapso inevitável da democracia liberal e sua substituição por ordens privadas de alta tecnologia.

Nessa pandemia do futuro, o que estaria em jogo não seria apenas a sobrevivência do corpo, mas a redefinição do que significa ser humano. Em nome da saúde, Musk e Thiel nos ofereceriam não cura, mas fusão com a máquina, controle preditivo e submissão à lógica do sistema. A doença, nesse contexto, não seria só biológica — seria sintoma de uma humanidade obsoleta. E a “cura” viria com um preço: o abandono do livre-arbítrio em nome da eficácia total.

Uma pandemia assim não deixaria corpos nas ruas como a Covid-19. Deixaria almas anestesiadas, programadas para obedecer, isoladas em bolhas digitais higienizadas — sem vírus, sem contato, sem transcendência.

Autor

  • Cristian Derosa
    Cristian Derosa

    Jornalista e escritor, autor do livro O Sol Negro da Rússia: as raízes ocultistas do eurasianismo, além de outros 5 títulos sobre jornalismo e opinião pública. Editor e fundador do site do Instituto Estudos Nacionais

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