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Papa Leão: como foram os pontificados dos Leões na história da Igreja

13/05/2025
em Artigos
Tempo de Leitura: 5 mins de leitura
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A escolha do nome Leão XIV não foi um impacto apenas para o mundo que aguardava um Francisco II ou João XXIV, um João Paulo III ou, quem sabe até um Paulo VII. O nome Leão surpreendeu até mesmo os bastidores da Igreja. Este nome evoca uma série de coisas para a história da Igreja e dá ainda uma série de sinais. Uma das inspirações mais evidentes está no último Leão da Igreja, o Papa Leão XIII e sua encíclica Rerum Novarum, referida pelo próprio cardeal Prevost, agora Leão XIV.

No entanto, o tom do pontificado do último leão, assim como dos anteriores, pode sugerir algumas pistas do que podemos esperar de Leão XIV. O primeiro Leão que se deve observar é o último, Leão XIII, especialmente influente no pensamento moderno da Igreja e nos temas tratados por seus sucessores.

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Leão XIII (1878–1903) teve um pontificado que marcou uma resposta vigorosa da Igreja Católica aos desafios do mundo moderno, caracterizado por rápidas transformações sociais, políticas e culturais. Em um período dominado pelo avanço do liberalismo, do racionalismo, do socialismo e da secularização dos Estados, Leão XIII procurou reafirmar o papel da Igreja como guia moral e espiritual da sociedade. Ele publicou mais de 80 encíclicas, abordando temas variados, mas sempre com o objetivo de reconduzir a sociedade à ordem natural e cristã.

Amplamente conhecido por sua encíclica Rerum Novarum (1891), considerada o marco inicial da Doutrina Social da Igreja, em que o Papa tratou da “questão operária” surgida com a Revolução Industrial, Leão XIII inaugurou uma nova atuação da Igreja no campo das questões sociais, influenciando gerações futuras de papas.

No entanto, o tom do pontificado de Leão XIII foi mais abrangente do que apenas social. Em Humanum Genus (1884), ele condenou a Maçonaria, que via como uma das maiores ameaças à ordem cristã, acusando-a de promover o relativismo moral e o laicismo. Em Libertas Praestantissimum (1888), ele desenvolveu uma crítica filosófica ao liberalismo moderno, argumentando que a liberdade autêntica só pode existir quando submetida à verdade e à lei divina. Já em Immortale Dei (1885), Leão XIII tratou da constituição cristã dos Estados, defendendo a união harmônica entre Igreja e poder civil, e advertindo contra o erro de excluir Deus da vida pública.

Esses três problemas persistem e se aprofundaram ao longo do século XX. Será que o novo pontificado de um Leão pretende recuperar ou renovar o combate a esses problemas? Os pontificados anteriores se destacaram, em certo sentido, por uma conduta de redução de danos, isto é, buscar legitimar o que fosse menos mal em matéria de moral e ética dentro dos três grandes males atacados por Leão XIII. Essa conduta, infelizmente, não obteve grandes frutos, mas pelo contrário, aprofundou esses problemas. O novo papado pretende atacar a questão do trabalho, expressa em Rerum Novarum, apontando a problemática atual da inteligência artificial. Mas será só isso?

Apesar do foco neste aspecto, não podemos restringir a apenas isso a escolha do nome Leão, já que os mesmos outros problemas existentes no final do século XIX ainda persistem e se aprofundaram. As relações da Igreja com o liberalismo, a maçonaria e os estados nacionais continuam evocando dúvidas e questionamentos, assim como as ideologias surgidas no início do século passado reaparecem.

Em todas essas encíclicas, Leão XIII adotou um tom doutrinal firme, mas ao mesmo tempo buscou a reconciliação entre a fé católica e os aspectos legítimos da modernidade. Ele valorizou a razão, o direito natural e a ciência, desde que subordinados à verdade revelada. Seu pontificado representou uma tentativa clara de restaurar a influência da Igreja nas sociedades ocidentais e de proteger a fé diante das ideologias anticristãs emergentes.

Leão XIII foi, assim, um papa de transição: conservador nos princípios, mas atento aos sinais dos tempos, e disposto a oferecer uma alternativa católica coerente aos caminhos errôneos da modernidade.

O Papa Leão XIII escreveu diversas encíclicas ao longo de seu pontificado (1878–1903), nas quais abordou os grandes problemas espirituais, políticos e sociais da modernidade. Abaixo estão trechos significativos de algumas dessas encíclicas, nas quais ele critica aspectos centrais do mundo moderno, como o laicismo, o racionalismo, o socialismo e a perda da autoridade da Igreja:


1. Humanum Genus (1884) — contra a Maçonaria

“A raça humana, depois de ter miseravelmente caído no pecado original, afastou-se de Deus, seu Criador e autor, e foi dividida em dois campos diferentes […] um é o reino de Deus na Terra, ou seja, a verdadeira Igreja de Jesus Cristo […]; o outro pertence ao reino de Satanás. […] De fato, a seita dos maçons, embora varie em formas, propósitos e nomes, forma um único corpo, unido por um espírito comum e por uma origem oculta.”
(Humanum Genus, §10–11)


2. Libertas Praestantissimum (1888) — contra o liberalismo moderno e o racionalismo

“A liberdade, quando se afasta da verdade e da lei de Deus, degenera em licença e leva os povos à ruína.”
(Libertas, §14)

“Os defensores do naturalismo sustentam que a autoridade pública deriva, não de Deus, mas da multidão, e que esta, não reconhecendo superior algum, é, ela mesma, origem de todo o direito.”
(Libertas, §18)


3. Immortale Dei (1885) — sobre a constituição cristã dos Estados

“O erro capital da época presente consiste em querer separar a sociedade civil de toda dependência da religião e de Deus.”
(Immortale Dei, §6)

“Se a Igreja for excluída da vida pública, se não lhe for permitido formar as consciências dos cidadãos, muito em breve a moralidade pública e privada será corrompida.”
(Immortale Dei, §33)


4. Quod Apostolici Muneris (1878) — contra o socialismo e o comunismo

“O socialismo, o comunismo e o niilismo, monstros horrendos que brotam do mesmo tronco e ameaçam a sociedade com a ruína total, procuram abolir a propriedade privada e corromper os costumes.”
(Quod Apostolici Muneris, §1)

“Eles proclamam o princípio de que todos os bens devem ser comuns e que, por isso, os pobres têm o direito de se apoderar das propriedades dos ricos.”
(Quod Apostolici Muneris, §2)


Essas encíclicas mostram como Leão XIII foi um defensor firme da doutrina católica contra os principais erros ideológicos do seu tempo, afirmando a ordem natural, a autoridade da Igreja, e a necessidade da religião para uma sociedade justa. Ele preparou o terreno para toda a doutrina social e política da Igreja no século XX.

A linhagem leonina na história da Igreja

Antes do atual pontificado que se inicia, outros treze papas adotaram o nome Leão, desde o Papa São Leão I Magno (440–461) até Leão XIII (1878–1903). Apesar de viverem em contextos históricos muito distintos — do fim do Império Romano à era industrial — todos os papas que levaram esse nome compartilham traços comuns notáveis em sua atuação pastoral, teológica e política. A escolha do nome “Leão” não parece ter sido casual: remete à imagem do leão como símbolo de força, coragem, autoridade e vigilância — atributos que se manifestaram repetidamente nesses pontificados. O Leão, como rei dos animais, também simboliza Cristo em sua realeza e autoridade, uma marca de grande força para tempos que falam em subjetividades e diante de gerações que buscam força e segurança doutrinal. Isso marca também uma distinção importante em relação ao antecessor Francisco, um pontificado marcado por dúvidas, incertezas e uma certa indecisão em matéria doutrinária.

O primeiro e mais célebre deles, São Leão I Magno, estabeleceu o padrão. Defensor enérgico da ortodoxia cristã, ele combateu heresias como o monofisismo, reforçou a primazia do Papa sobre os demais bispos e foi protagonista de eventos históricos marcantes, como o encontro com Átila, o Huno, para evitar o saque de Roma. Seu pensamento teológico influenciou profundamente a cristologia e a noção de autoridade papal. Esse modelo de firmeza doutrinária e autoridade moral reapareceria nos papas seguintes que adotaram o mesmo nome.

De modo geral, os papas Leões se destacaram pela defesa enérgica da fé católica diante de ameaças internas e externas. Leão II combateu heresias trinitárias. Leão III coroou Carlos Magno como imperador do Sacro Império Romano-Germânico, reafirmando a aliança entre Igreja e poder temporal. Leão IX, no século XI, teve papel crucial na tentativa de reforma moral do clero e combateu a simonia, ainda que seu pontificado tenha testemunhado o início do cisma com o Oriente.

O último dos papas Leões, Leão XIII, reviveu esse legado com vigor. Ele enfrentou os erros modernos com a mesma coragem de São Leão I diante dos bárbaros: combateu a Maçonaria, o socialismo ateu, o liberalismo anticristão e reafirmou os princípios da justiça social em Rerum Novarum. Também promoveu a filosofia tomista como fundamento da doutrina católica, restaurando as bases intelectuais da fé.

Assim, o que une os papas de nome Leão é sua postura de vigilância doutrinária, firmeza diante das ameaças ao Cristianismo, promoção da autoridade papal e espírito de liderança em tempos de crise. Todos, à sua maneira, foram leões na defesa da Igreja: guardiões da fé, da moral e da ordem cristã em períodos de transição e conflito.

Será que estamos caminhando para uma era mais doutrinal? Isso indicaria uma transição em matéria de reação do mundo à Igreja. Se no atual momento, o mundo ainda pressiona a Igreja a adaptar-se às inovações morais, o foco do atual pontificado pode estar indicando uma mudança de postura da própria Igreja, o que fatalmente levará à reação do mundo contra ela. Estarão os cristãos prontos para enfrentarem a perseguição de um mundo que se vê frustrado ante as expectativas promovidas tantas vezes pela própria Igreja?

Autor

  • Cristian Derosa
    Cristian Derosa

    Jornalista e escritor, autor do livro O Sol Negro da Rússia: as raízes ocultistas do eurasianismo, além de outros 5 títulos sobre jornalismo e opinião pública. Editor e fundador do site do Instituto Estudos Nacionais

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