Esta quarta edição da revista Regina Milites aborda questões fundamentais para a compreensão do embate espiritual, cultural e político do mundo contemporâneo. Em um tempo marcado pela saturação ideológica e pela permanente reconfiguração das forças que disputam a alma da civilização cristã, nossa revista se propõe a lançar luz sobre as raízes mais profundas dessas transformações e seus desdobramentos para os católicos zelosos com a Igreja e com a própria alma.
O primeiro texto aborda as intrincadas e polêmicas raízes espirituais presentes nos erros da Rússia, desvendando o pano de fundo místico e ideológico que forjou tanto as revoluções totalitárias quanto a atual utopia transumanista que vem se perpetuando, seja pela linguagem esquerdista ou neofascista. Aprofundando essa discussão, a questão simbólica envolvendo filosofia e teologia, há a exploração de um tópico intrigante sobre como o símbolo age como “matriz de intelecções” e contraponto ao processo de fragmentação operado pelo diábolo em contraposição ao símbolo.
No campo da ação política e cultural, refletimos sobre a saturação revolucionária e a docilidade dos conservadores clássicos frente à linguagem da Revolução, destacando como as estratégias malignas alternam radicalização e recuos táticos para garantir sua permanência na sociedade e na história. O erro das estratégias chamadas de “terreno comum”, tantas vezes condenado pela Igreja, é analisado em sua aplicação concreta, evidenciando as consequências desastrosas da adesão a compromissos ilusórios que minam a Verdade.
A tradição e a formação intelectual são pilares essenciais da resistência contra a dissolução cultural e espiritual, sendo esta a razão principal de buscarmos resgatar o pensamento de importantes nomes como Hugo de São Vitor, cujo ensinamento sobre o aprendizado e a meditação permanece como um guia valioso para aqueles que desejam fortalecer suas almas e mentes na busca pela sabedoria e pela ordem divina.
Cada artigo desta edição visa não apenas informar, mas despertar e fortalecer aqueles que, em meio às trevas do presente, ainda mantêm acesa a chama da Fé e da Verdade que é a Santa Igreja Católica. Que a leitura desta revista seja um auxílio para a formação de uma geração disposta a combater com inteligência e fervor os desafios que se apresentam.