Um paciente começou a desenvolver inflamação nos linfonodos (pontos secundários de maturação de células B, produtoras de anticorpos) depois da 1a dose do produto de terapia gênica por mRNA da farmacêutica Pfizer. O distúrbio foi caraterizado pelo aumento do tamanho dos linfonodos cervicais e próximos à clavícula do linfoma.
A técnica utilizada detecta aumento do metabolismo celular indicando células em divisão, proliferando, descrito como linfoma (câncer nos linfonodos ligado às células B). Após a segunda dose, houve um aumento do linfoma.
Outros 728 pacientes foram estudados em uma metanálise na qual 36% desenvolveu linfoma após a primeira dose e 50% após a segunda dose de mRNA.
O estudo de caso foi publicado no Nacional Library of Medicine, na plataforma Pubmed, e propõe maior atenção a uma possível ligação entre vacinas de mRNA e o linfoma de células T angioimunoblástico (AITL).
“Relatamos e discutimos a multiplicação rápida e inesperada de lesões linfomatosas após a administração de um reforço de vacina de mRNA”, diz o resumo do estudo, assinado por oito pesquisadores.
O estudo é intitulado “Progressão rápida de linfoma angioimunoblástico de células T após injeção de reforço de vacina de mRNA BNT162b2: relato de caso” e foi publicado na plataforma Pubmed no dia 25 de novembro.
O estudo não relata se os pacientes tinham histórico de câncer, apenas informam que começou na primeira dose e acelerou na segunda.
De acordo com a bióloga molecular Giovanna Lara, estudos anteriores já sugeriram mecanismos pelos quais as proteínas Spike, usadas nos produtos de terapia gênica de mRNA, possam causar câncer, o que explica o fenômeno observado no estudo.