A perseguição promovida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra o jornalista independente Allan dos Santos, do Terça Livre, foi destaque do site boliviano Visor, que chamou de “investigação secreta” o processo cujos autos não puderam ser ainda acessados pelos advogados do intimado. Santos não compareceu à intimação marcada para o último dia 28, na sede do STF, em Brasília.
O site destacou as diversas manifestações de repúdio à perseguição promovida pela suprema corte.
Diversos jornalistas e figuras públicas se manifestaram em solidariedade ao jornalista, incluindo críticos da direta bolsonarista, como o editor e colunista Carlos Andreazza, que saiu em defesa de Allan em sua coluna no Globo. Além dele, outros jornalistas e políticos se solidarizaram, como informou Terça Livre.
No Twitter a deputada federal, Bia Kicis (PSL), disse que “só quem tem atribuição p/ fiscalizar o STF é o Senado. Não falta vontade mas como deputada só posso apresentar e votar projetos para coibir abusos, o que tenho feito mas sem muita adesão de grande parte dos colegas“.
O jornalista do Agora Paraná, Oswaldo Eustáquio, se solidarizou:
“Minha solidariedade a @allantercalivre que foi chamado para depor no STF sem ter acesso aos autos. Sem saber se se é testemunha, réu, absolutamente nada, no escuro. A esquerda quer usar esse Tribunal para calar jornalistas conservadores. Não vamos deixar!“, tuitou.
A jornalista Camila Abdo exclamou o estado de exceção e indagou a legitimidade da convocação: “Estamos em Estado de Exceção. Como uma pessoa é convocada a prestar depoimento sem saber do que é acusada? Vivemos em uma ditadura agora? STF virou a Gestapo agora?”
O MBC, Movimento Brasil Conservador, apontou a insanidade da situação: “Absurdo o que está sendo protagonizado pelo STF! A passividade e o silêncio do poder Legislativo são igualmente absurdos! Nessas horas o tal “sistema de freios e contrapesos” deixa de existir? Todo apoio ao jornalista @allantercalivre e repúdio total à ditadura do Judiciário!”