Martin Scorsese, um dos mais renomados diretores de Hollywood, lançou seu último trabalho na plataforma Netflix, no último mês. O filme The Irishman (O Irlandês) conta, no elenco, com atores como Robert De Niro, Al Pacino e Joe Pesci.
Também a atriz Anna Paquin, famosa pela atuação na série True Blood, foi escalada no elenco e fez o papel da filha de Frank Sheeran (interpretado por Robert De Niro) na trama.
O papel de Anna Paquin, no entanto, foi severamente criticado por jornalistas da grande mídia. A razão do descontentamento é que Paquin tem poucas falas no filme, em comparação com os atores de sexo masculino.
A jornalista do The Guardian, Beatrice Loayza, expressando preocupação, escreveu que a pouca interação de Anna Paquin revela “uma tendência preocupante em Hollywood”, como se ela fosse mais um “símbolo do que uma personagem real.”
E argumentou sobre a atuação da atriz (que interpreta Peggy) dentro da trama: “um espectro moral praticamente mudo; julgando o estilo de vida criminoso de seu pai do outro lado do filme, ela aparece apenas algumas vezes – menos de 10 minutos no total. Dentro desses limites, Peggy é desconcertantemente diminuída: Paquin fala seis palavras em um filme que dura três horas e meia.”
A editora da BBC Culture, Rebecca Laurence, também demonstrou descontentamento com o papel de Anna Paquin: “Anna Paquin é uma atriz tão boa que eu estava esperando que ela falasse mais do que uma fala e … isso não aconteceu.”
O The Daily Wire lembrou que “os guerreiros da justiça social colocaram Scorsese na mira em outubro passado, quando um repórter do Rome Film Fest perguntou a ele por que seus filmes têm tão poucas personagens femininas. Ele imediatamente descartou a questão, dizendo que não era nem um ‘ponto válido.’”