
Os intensos protestos que ocorrem em várias partes do Chile já deixaram ao menos oito mortos. O presidente Sebastián Piñera disse que seu país está em guerra. Manifestantes violentos destruíram boa parte da rede de metrô de Santiago, saquearam dezenas de supermercados e estabelecimentos comerciais ou incendiaram veículos.
Ante aos violentos protestos, Piñera declarou:
“Estamos em guerra contra um inimigo poderoso, que está disposto a usar a violência sem nenhum limite. Teremos um dia difícil. Estamos muito conscientes de que [os autores do vandalismo] têm um grau de organização e de logística próprios de uma organização criminosa”.
Os protestos iniciaram após um aumento nas passagens de metrô. O Governo chegou a revogar o aumento das passagens mas a violência não cessou.

Santiago, maior cidade e capital do Chile, além de outras quatro regiões, continuam sob toque de recolher, proibindo o trânsito livre entre 19h e 6h. O presidente Piñera, em reunião com os militares que controlam cinco regiões do país, decretou estado de emergência na sexta-feira, dia 18.
O presidente disse que os manifestantes estão “dispostos a queimar os hospitais, o metrô, os supermercados, com o único propósito de produzir o maior estrago possível”. Afirmou ainda que os manifestantes “estão em guerra contra todos os chilenos que querem viver em democracia”.
O presidente garantiu que a ordem está assegurada, afirmando que “O general Iturriaga está encarregado deste estado de emergência, e pôde dispor de 9.500 homens para resguardar a paz, a tranquilidade e seus direitos e suas liberdades”.
Os protestos no Chile acompanham os protestos violentos ocorridos no Equador e em Honduras. Esses protestos alinham-se a diversas diretrizes do Foro de São Paulo com o objetivo de desestabilizar os países da América do Sul onde a esquerda perdeu o poder executivo.