
A Crise na Venezuela, que está sendo negociada em regime de “sigilo informativo” em Barbados, com mediação da Noruega, entre oposição e regime de Maduro, pode estar prestes a tomar decisão importante. De acordo com o jornalista venezuelano Juan Carlos Zapata, as eleições presidenciais são o próximo ponto a ser acordado pela oposição, liderada por Juan Guaidó e a equipe do regime de Nicolás Maduro.
Outros analistas da questão não acreditam na possibilidade de resolução ou de alguma vantagem para a oposição, que não exige suficiente dentro de um contexto dominado pelo regime. A Rússia declarou recentemente que representantes de Guaidó buscaram contato com a sua chancelaria, e recomendou que o conflito seja solucionado sem interferências exteriores, sem mencionar a influência de Cuba no regime venezuelano.
Entre os pontos que estariam sendo negociados nos “diálogos sigilosos” estariam:
- Eleições organizadas por um novo Conselho Nacional Eleitoral (o atual é controlado pelo regime);
- Fechamento da Assembleia Nacional Constituinte, cuja eleição em 2017 foi boicotada pela oposição;
- Reincorporação dos chavistas à Assembleia Nacional, dominada pela oposição;
- Eleições em um ano ou menos, e com ou sem Maduro como candidato.
Como as reuniões são sigilosas, não há muita informação sobre como foram decididos os pontos, mas o jornalista Zapata, que alega ter fontes internas na negociação, afirma que o ponto central agora é decidir se as eleições presidenciais serão marcadas e, o mais importante, se haverá a presença de Maduro, o que a oposição rejeita.
O secretário de Estado americano, Mike Pompeo criticou, no último sábado (20) as negociações conduzidas com apoio da União Europeia e o Uruguai em Barbados para pôr um fim à crise política venezuelana. Segundo o chefe da diplomacia americana, enquanto Cuba continuar protegendo o presidente Nicolás Maduro, não haverá eleições justas na Venezuela, como reivindica a oposição.
Para Pompeo, é urgente construir uma forma de deixar Maduro fora das eleições. Washington é o principal apoio do líder opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países, incluindo o Equador.
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