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Canalhice ou exibicionismo sensual: qual é o ato mais obsceno?

Eduardo Cabette por Eduardo Cabette
06/03/2019 - Atualizado em 02/05/2019
em Eduardo Cabette, Opinião
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Há algum tempo um Presidente norte – americano (Bill Clinton – Partido Democrata, nicho da esquerda naquele país) foi flagrado em ato de felação, em seu gabinete, em horário de trabalho, com uma estagiária, sendo casado (em adultério, portanto) e ainda acusado de assédio sexual contínuo pela própria subordinada envolvida no ato sexual.

Qual foi o resultado, inclusive na imprensa brasileira?

Tudo foi contornado e nem houve qualquer reação enérgica da suposta feminista, sua esposa, Hillary Clinton, que assumiu resignada o posto de mulher traída complacente sem o menor pudor. Tudo isso para tornar-se, no seguimento, o ícone da esquerda americana em oposição a uma suposta direita machista!

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Agora, no Brasil, o Presidente da República é achincalhado por vários blocos carnavalescos, não somente com críticas (e eventual revolta por não haver mais repasse de verbas públicas para eventos). [1] Não somente com sátiras, eventualmente até bem – humoradas típicas dessa festa. Não, mas com a prática de atos obscenos em público, os quais configuram, no mínimo, crime previsto no artigo 233, CP [2].

Esses atos são perpetrados aos milhares pelo país afora e contam com a tolerância daquele que seria o “governo ditatorial e autoritário de extrema direita” (sic), que mataria minorias ou, no mínimo, as oprimiria terrivelmente.

Por seu lado, o Presidente da República, se limita a manifestar-se como indivíduo num simples post de Twitter, expondo uma conduta alheia de foliões que praticavam automasturbação e coprofilia, [3] afora exibicionismo obsceno e outros atos indevidos em público. Isso, com a expressão de seu constrangimento diante de tais atitudes e mesmo em expô-las, mas num ato de demonstração ao público da espécie de indivíduos (em grande parte) e de manifestações dirigidas à sua pessoa. A exposição feita pelo Presidente da República foi claramente crítica, a fim de que as pessoas formassem as próprias opiniões a respeito, aliás, como deixa bem claro ao final de sua mensagem. Inclusive, pede ao público que pense e repense sobre suas “prioridades” numa evidente menção à conveniência de que o Estado, com dinheiro público, subsidie eventos como esse ou direcione esse dinheiro de todos para outras atividades, eventos e serviços realmente importantes.

Repentinamente, eis que se levanta, inexplicavelmente, toda uma indignação de indivíduos e da imprensa porque o Presidente da República teria exposto imagens “pornográficas” de carnaval em uma rede social.

Algo está acontecendo com a esquerda brasileira. Naturalmente já sofredora de contradições e indefinições identitárias, tendo como característica um discurso que se amolda às conveniências e se transmuda sem a menor vergonha para alcançar seus objetivos. Eis que agora chega ao máximo da esquizofrenia ou do transtorno dissociativo de identidade. Sim, porque os mesmos que consideram como arte fotos, filmagens e exibição pública de homens adultos nus sendo tocados por crianças; os mesmos que consideram normais atos de “protesto” (sic) consistentes em apresentar-se nu na via pública e ainda defecando e urinando; os mesmos que consideram normal e até artístico que um indivíduo introduza um crucifixo em seu ânus, sendo filmado, fotografado e divulgado aos quatro cantos, em plena via pública; esses mesmos indivíduos e meios de comunicação, repentinamente, sentem imensa indignação com a exibição crítica de cenas indecentes. Não sua prática, não sua defesa, não sua simples divulgação, mas sua exibição como manifestação clara e vidente de reprovação pública. Isso é considerado ofensivo e chegam a falar em impeachment! Os ares de falsa moralidade hipócrita com que são veiculados comentários e notícias são de causar engulhos em porcos!

Veículos como a Folha de São Paulo, o site de notícias Uol, dentre muitos outros, estampam manchetes e conteúdos de revolta e até vergonha diante da suposta obscenidade do Presidente da República numa rede social. Chegam a indagar como o país seria visto por outros líderes mundiais! O mesmo clima de afetação moralista é encontrável em comentários feitos no próprio Twitter do Presidente da República e nas áreas de comentários das notícias na internet. Além da afetação nauseante, percebe-se, como tem sido comum, uma tendência a exagerar imensamente a importância de pequenos fatos, manifestações, opiniões etc.

Dentre as divulgações mais reprováveis está a do Huffpost, site de notícias via internet, que usa a seguinte manchete sensacionalista, de sentido indeterminado e difamatório: “O dia em que o presidente da República postou um vídeo de masturbação no carnaval” (sic).

Ao ler a referida manchete, não se pode afirmar se por absoluta incompetência de quem a redigiu ou por pura má fé, tem-se a impressão de que o Presidente da República brasileiro teria postado um vídeo se masturbando. Essa é a primeira interpretação de acordo com a redação dada (incompetência ou pura malícia?). É claro que o conteúdo da matéria não tem nada a ver com uma atitude absurda como essa. Trata-se do caso já descrito neste texto, com as mesmas reações afetadas de falso moralismo e hipocrisia. [4]

É notável que essas mesmas pessoas agora começam a se interessar também pela “verdade”! Acho tão interessante e até “bonitinho”, ver livros com os títulos “A morte da Verdade”, “Pós – verdade” etc. (defendendo a “verdade” e criticando sua perversão), escritos por um pessoal de esquerda que sempre foi adepto do mais profundo relativismo e sempre criticou sequer qualquer menção ou busca de alguma “verdade”!  [5] A “verdade” sempre foi para esse pessoal um símbolo de opressão, de ataque à liberdade. Mas, agora começam a produzir obras com uma defesa ferrenha desse conceito de “extrema direita” (sic), essa coisa “abominável” e “opressora” (sic) que é a busca ou afirmação de uma verdade. É tão “bonitinho”, tão “fofo”, tão hipócrita, tão falso. E é essa mesma tática camaleônica que os transforma repentinamente em cavaleiros andantes protetores da moral e dos bons costumes, detratores do Presidente da República, mediante uma inversão absoluta dos fatos em que aquele que critica a prática de atos obscenos em via pública e exibe a prova de que outros o fazem, é apresentado e difamado como se fosse ele o autor das obscenidades. É como se alguém que exibisse um vídeo sobre campos de concentração nazistas como prova do holocausto, criticando ferrenhamente o nazismo, fosse então, por isso, taxado de nazista. O que, aliás, não é difícil de ocorrer se um dia o Presidente brasileiro fizer algo similar.

Na verdade, nada disso é de espantar, pois como já alerta Silveira ao analisar o “artesanato da canalhice: da fraude à consciência mutilada”:

“O charme do canalha está em que a sua pertinácia é instintivamente assimétrica, maleável, táctil. Noutras palavras, o autêntico cafajeste, o mau – caráter genuíno, nunca é tedioso porque não costuma percorrer o mesmo caminho duas vezes: muda-o de acordo com as conveniências do momento, até alcançar o sucesso em seus inescrupulosos planos”. [6]

            Assim sendo, ainda que diante de fingimento em fingimento, de afetação em afetação, de mentira em mentira, de máscara em máscara, vamos seguindo nossa trajetória reta, mesmo frente ao moralismo dos imorais e à “Verdade” dos relativistas.

[1] Destaque-se que se entende estritamente correta a atitude de corte dessas verbas, pois que o evento em questão é altamente lucrativo e enriquece muitos interessados, desde artistas até empresários e comerciantes, os quais devem empreender e não serem subsidiados pelo Estado à custa de recursos públicos que podem ser usados em muitas outras áreas.

[2] Crime de Ato Obsceno: Art. 233. Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público:  Pena – detenção, de 3 meses a 1 ano, ou multa.

[3] Parafilia (desvio sexual) de pessoas que se excitam com fezes, urina ou vômito.

[4] EQUIPE Huffpost. O dia em que o presidente da República postou um vídeo de masturbação no carnaval. Disponível em https://www.huffpostbrasil.com/entry/bolsonaro-video-masturbacao_br_5c7f236ce4b06ff26ba368cb , acesso em 06.03.2019.

[5] V.g. KAKUTANI, Michiko. A Morte da Verdade. Trad. André Czarnobai e Marcela Duarte. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2018, “passim”.

[6][6] SILVEIRA, Sidney. Cosmogonia da Desordem. Rio de Janeiro: Sidney Silveira, 2018, p. 42.


REFERÊNCIAS

EQUIPE Huffpost. O dia em que o presidente da República postou um vídeo de masturbação no carnaval. Disponível em https://www.huffpostbrasil.com/entry/bolsonaro-video-masturbacao_br_5c7f236ce4b06ff26ba368cb , acesso em 06.03.2019.

KAKUTANI, Michiko. A Morte da Verdade. Trad. André Czarnobai e Marcela Duarte. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2018.

SILVEIRA, Sidney. Cosmogonia da Desordem. Rio de Janeiro: Sidney Silveira, 2018.

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Eduardo Cabette

Eduardo Cabette

Delegado de Polícia aposentado e Professor Universitário. Mestre em Direito Social, Pós–graduado com especialização em Direito Penal e Criminologia, Professor de Direito Penal, Processo Penal, Criminologia e Legislação Penal e Processual Penal Especial na graduação e na Pós-graduação da Unisal e Membro do Grupo de Pesquisa de Ética e Direitos Fundamentais do Programa de Mestrado da Unisal.

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